Para entendermos a origem do termo, será necessário compreender como trabalhavam os vendedores de folhetos na Europa.
Em sua eterna correria de feira em feira, viajando a cada dia para um lugarejo diferente, os vendedores tiveram que inventar uma maneira prática e barata de expor seus textos impressos para clientes e leitores.
Nas livrarias tradicionais os livros eram colocados em estantes e ou prateleiras. Como não podiam carregar móveis pesados, os vendedores costumavam levar, junto com os folhetos, vários rolos de barbante. Ao chegar à praça do mercado, eles esticavam essas cordinhas (ou cordéis) entre dois postes ou duas árvores e nelas penduravam as folhas soltas ou folhetos abertos na página central. Nos dias de vento eles os prendiam com prendedores de roupas, e pronto: estava montada a livraria!
No nordeste, os termos mais populares para a literatura de cordel (popularizado muito mais no meio acadêmico) são “folhetos” e “folhetos de feira” e normalmente são expostos nas feiras livres, em malas ou cavaletes, levados por seus autores, que declamam ou cantam as novelas escritas.
Com a valorização do termo “Literatura de Cordel” e transformado em expressão cultural popular, o Cordel tornou-se cultuado e em pleno século XXI ganha nova força através de estudantes, novos cordelistas e dos meios eletrônicos de divulgação.